Vanessa Coquemala (Brasile)
Vanessa Coquemala (Brasile)
Corre nas ruelas…
Lá em cima, onde nem luz havia…
Quase alcança a porta…
A madrugada se enche de tiros, gritos e gemidos…
O sangue não corre pela rua.
A terra o absorve…
O medo espia pelas frestas…
Os corações disparam…
A mulher tapa a boca do bebê que chora…
Mãos rápidas se benzem.
Gritos lancinantes morrem nas gargantas.
De lábios trêmulos, nenhuma palavra escapa.
A velhinha pega o terço e reza…
E é lá em cima, onde nem luz havia…
A escuridão só quebrada pelo brilho das estrelas…
E o lampejo no cano do revólver…
A mulher vence o medo,
vence os braços que a prendem,
vence o destino traiçoeiro,
corre pela rua,
quase alcança o filho que agoniza…
A madrugada se enche de tiros, gritos e gemidos…
Lá em cima, onde nem luz havia…
O sangue não corre pela rua.
A terra o absorve…
O medo espia pelas frestas…
Os corações disparam…
A mulher tapa a boca do bebê que chora…
Mãos rápidas se benzem.
Gritos lancinantes morrem nas gargantas.
De lábios trêmulos, nenhuma palavra escapa.
A velhinha pega o terço e reza…
E é lá em cima, onde nem luz havia…
A escuridão só quebrada pelo brilho das estrelas…
E o lampejo no cano do revólver.
Lá em cima, onde os jovens morrem
de droga, de guerra entre quadrilhas…
Lá em cima, onde Justiça não havia…
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